Skatista x Projetista

Quando o assunto é pista de skate, o que não faltam nesse Brasil, são exemplos que viram verdadeiros elefantes brancos, vivem vazias contrariando toda a expectativa do projeto.
Geralmente são obras públicas, áreas realizadas com o dinheiro público, muitas vezes atendendo a anos e mais anos de solicitações, abaixo assinados, e os mais diversos movimentos dos skatistas da cidade.
O grande problema, a meu ver recai em dois pontos principais.

1 – Projeto de Equipe da Prefeitura, ou leigos:
Quando o projeto da pista é elaborado sem o menor conhecimento do skate, quando muito andou de skate nos anos 70/80, e olhe lá.
Uma pessoa que não anda de skate por mais familiarizada que seja, sempre vai fazer uma pista sem uma usabilidade adequada, cometendo erros básicos.
2 – Projeto com dicas de skatistas:
Esse deveria ser o ideal, mas não o é por falta de conhecimento técnico, quando se tem o interesse por parte do poder público, em envolver skatistas na adaptação do projeto, é preciso ainda um pouco mais de sorte para que haja entre os skatistas alguém com um pouco mais de conhecimento para traduzir o sentimento do skatista em relação aos obstáculos sonhados e idealizados, para uma linguagem que o arquiteto / engenheiro / projetista, consiga entender e colocar no papel, de forma que possa ser construído adequadamente.
Esse diálogo precisa ser um pouco mais do que: “mais ou menos assim…”,” uma inclinação maneira…”
Esses dois tipos de projeto que geram um número enorme de pistas públicas, com piso áspero, coping saltado demais ou enterrado, transições irregulares, sem direção pra pegar velocidade, ou sem área de escape.
Tudo bem que skatista É uma raça guerreira, que anda em qualquer lugar, mas quando uma pista É mal feita, É pior andar nela do que num pico de rua, que teoricamente não foi feito para skate, e com isso em pouco tempo após a inauguração É comum ver as pistas vazias, o que É péssimo pra todo mundo.
Em virtude dos valores investidos de ‘dinheiro público’, e da durabilidade esperada para uma skatepark público, É que É cada vez mais fundamental a contratação de um projeto específico e especializado, de quem conheça os dois lados envolvidos: o skateboard e o ato de projetar.
Espero que cada vez mais se reconheça isso, e nessa hora que entra a comunidade do skate, que deve se mobilizar para que sua tão sonhada pista não seja mais um Elefante Branco na sua cidade, mobilizem-se e mostrem aos seus governantes que precisam de alguém pra garantir que haja qualidade na realização desse sonho.

3 comentários em “Skatista x Projetista”

  1. Pode Crer Belote…esta é uma questão que deve ser considerada. Aqui em Porto Seguro estamos sofrendo com este problema, mas aos poucos, nós, skatistas, estamos incrementando a pista pública que temos em nossa cidade. Não obstante a este problema, ainda fizeram nossa pista em frente ao prostibulo da cidade, fazendo com que alguns associem o skate a imagem daquele local, mas tá valendo…skate sempre

  2. Isso que você falou é a pura verdade, aqui na minha cidade, Simões Filho – BA, fizeram um Half todo torto e sem Flat, que nem dava pra andar, ficou lá jogado e em poucos anos, demoliram

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